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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Temos a idade que queremos... | "When a Man Loves a Woman" - Michael Bolton & Percy Sledge

Temos a idade que queremos...
Tenho muito mais, do que os trinta anos que vivi.
Quase o dobro, ou a metade, diante de fatos, ou quem sabe, das lembranças que jamais esqueci.
Memoráveis e inesquecíveis momentos, de viver a sorrir; de amar e chorar, pela distância do grande amor a partir.
Tempos fartos, ricos em fatos e juventude, com vigor.
Lembranças alegram e trazem sorrisos, ao olhar mais triste e sofredor,
Já que, borbulhas de jovialidade, transbordam taças de serenidade, que o tempo afetou.
Há murmúrios, quase que calados, de algumas delas, sem pudor,
Segundo conceitos da época, em que se amava, sem sequer fazer amor.
Parecia tudo íntegro, num mundo um tanto enganador, mas também não havia o descrédito, que com o tempo se implantou.
Cores e tons combinados, gestos românticos pro sonhador, que mirava estrelas e fazia versos, que esquecidos eram, pelo improviso do trovador.
Cada estilo, tinha seu espaço e por vezes corria a quase todos, combinando com cada amor.
Até camisa do adversário vestia, para acompanhar o torcedor.
Mas o que valia em verdade, era viver a vida com vigor.
Com o tempo, vem o cansaço, o compromisso, por vezes, esmagador,
Tolhendo seus risos, como fardos e rios de lágrimas, impiedosos e sem valor.
Ganha-se experiência, mas a que preço, numa vida sombria, sem calor.
Revivemos lembranças sufocadas, sem confiar no predador,
Ganhando enfim a liberdade, tudo se torna assustador,
Mas, dando um passo de cada vez, podemos ser um corredor.
Conta-se os dias, durante algum tempo, quando antes, nem contados eram, sufocados pela dor.
Só a exaustão dominava o medo, que se sentia, nos velhos tempos de dor.
O peito agora, enche-se de ar, pássaros cantam, o sol aquece, as noites repousam e as madrugadas, conservam a jovialidade das manhãs.
O tempo passa tão suavemente, que não se dá conta, de que talvez tenhamos um pouco mais de trinta, ou, quem sabe, a metade, quando se rememora o tempo jovial, que já viveu.
Talvez eu tenha muito mais que o dobro de trinta...
Mas, para quem tem muito menos que trinta e ainda não percebeu,
Cruze o vento, brilhe em fatos..
O contar do tempo é todo seu!
(pur erregege1)

Nota do autor:

'Corra de encontro ao vento,
Sinta na face o seu frescor,
Se, porventura encontrar,
Alguém correndo a seu favor, 
Ignore ou fuja,
Pois pode ser um predador.'


O renascer da árvore e a despedida de alguém... "Somewhere In Time", John Barry

O renascer da árvore e a despedida de alguém...
E, de repente, fiquei triste,
As noites insones, estão a me amparar,
Os olhares perdidos, mirando o vazio,
Sem que o cérebro pudesse decifrar...
Pensamentos confusos, pesando no peito,
Onde a tristeza costuma habitar.
Recostando a cabeça, o teto a mirar,
Tempo passa, sem que perceba,
O motivo do meu pesar.
Desconheço a razão,
Nem conheço oração,
Que surta efeito,
Para o espírito alegrar.
Ocupa-se o vazio, muda-se a oração,
Mas a tristeza, no meu ser prevalece...
Meus olhos e passos pesados,
Como fardo em meu coração.
Algum estranho me chama, apesar de sermos todos irmãos,
Me pergunta se podem levar uma pequena árvore, na calçada, por mim plantada,
Pra recolocarem outra nova, em compensação.
Argumentei que tratava-se de uma vida,
Que outra não queria em seu lugar.
Pedi, se em minha casa, poderia guardar, até a obra terminar,
Argumentam, que não sobreviveria, sem o solo pra lhe alimentar.
Mas, insisto e peço que me ajudem,
Para a árvore poder carregar,
O estranho tentou, mas tive que auxiliar.
Então o jovem observou, com que facilidade ela entrou,
Não se conteve, dizendo sorrindo:
- Essa árvore gosta mesmo da senhora! Olha a facilidade como ela entrou!
De pé, colocamos a pequenina, que logo na raiz se equilibrou.
Então fiquei a pensar, como poderia dela cuidar, para não perecer.
As ideias claramente brotaram, para ela sobreviver.
A raiz mais saudável, num vaso será colocada, para ela rejuvenescer.
Fiquei feliz e esperançosa, com a possibilidade de vida, da aroeira-branca brotar,
Ontem, arrancada da terra,
Amanhã, pra terra voltará!
Mas a minha tristeza, momentos depois voltou.
Respostas, logo comecei a buscar e me perguntei:
- Como podemos ficar tristes, se uma vida estamos a salvar?
Divaguei, demorei e lembrei, da árvore que ainda posso salvar.
Talvez, quem sabe, pressentimentos,
Que o enigmático espírito, ou o de alguém,
Acha que seu tempo nessa vida, está por terminar,
Se ressente muito mas, por orações compreende,
Que é tempo de sucumbir, sem que se possa replantar.
(pur erregege')

Nota do autor:
'Jamais pense na vida, que ela está por terminar.
Já que sempre há uma escolha do viver,
Como e quando morrer... Não há como planejar.'